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Brasil ocupa 5ª posição na produção de colchões no mundo

Com base em dados do IBGE e do MDIC, a Abicol divulga o balanço anual do setor de colchões.

A Abicol estima que o setor deve fechar 2024 com uma receita líquida na ordem de R$ 7,2 bilhões, o que representa alta de 5,11% em comparação ao ano anterior, quando registrou R$ 6,85 bilhões. Na quantidade produzida, a elevação deve ser de 3,52% em relação a 2023, de 21.17 milhões para 21.91 milhões de unidades. Já as vendas de colchões devem superar 21,88 milhões de unidades, aumento de 3,89%, comparado com o mesmo período do ano passado, em que registrou 21.06 milhões de unidades. 

Colchões de Molas, de espuma, mistros e de outros tipos

Ano

 

Quantidade produzida 

(em mil unidades)

Quantidade vendida 

(em mil unidades)

Valor de produção  

(em mil Reais)

Receita Líquida  

(em mil Reais)

2019

19.221

18.916

5.557.274

5.384.165

2020

24.659

24.786

6.166.620

6.187.488

2021

23.956

23.218

6.910.482

9.817.509

2022

20.617

20.537

7.227.011

6.591.591

2023

21.171

21.062

7.500.000

6.850.000

2024*

21.917

21.880

8.300.000

7.200.000

*O dado de 2024 é uma estimativa nos resultados até novembro

Para o próximo ano, a Abicol estima um crescimento superior a 6,5%, atingindo R$ 7,67 bilhões em receita líquida. O levantamento revela ainda que o Brasil é o quinto maior produtor de colchões do mundo. Além disso, o país lidera o consumo de colchões na América Latina, representando 40% do volume total.

De acordo com a diretora-executiva da Abicol, Adriana Pierini, a elevação dos custos de operação e a deflação nos preços no varejo, indicada pelo IPCA de novembro, chamam a atenção. “O setor enfrenta um período desafiador, principalmente, com a alta no preço dos insumos e nos custos da cadeia logística. Se ainda assim ocorre deflação, a vigilância de mercado assume um papel estratégico. Precisamos garantir que os produtos estão atendendo aos padrões obrigatórios de qualidade e conformidade para justificar o fechamento dessa conta. Nesse contexto, é fundamental que o consumidor se atente à procedência do colchão, que pode ser conferida pelo Selo de Identificação de Conformidade do Inmetro, entre outras pesquisas, como no site do Observatório do Colchão, por exemplo.”

Ainda segundo Adriana, embora o mercado demonstre um cenário desafiador, a Abicol acredita na capacidade do setor de se reinventar por meio da inovação e de regulamentação justa, que fortaleça as marcas nacionais e, dessa forma, permita o desenvolvimento sustentável do mercado. “Para isso, a Abicol está empenhada em ampliar a visibilidade do setor, promovendo estudos sobre desempenho, suporte e a vida útil do colchão. Aliás, o Brasil é o único país no mundo a contar com regulamento compulsório que exige que os colchões sejam submetidos a testes em laboratório acreditado. Esses testes e outras análises obrigatórias verificam a conformidade em cerca de uma dezena de critérios antes que o produto possa ser comercializado no território nacional.” “Nosso compromisso é com a qualidade, a inovação, a sustentabilidade e, dessa forma, fortalecer todo o ecossistema colchoeiro”, pontua Adriana.

Segundo o levantamento da Abicol, de 2022 para 2024, o Brasil passou de 297 para 339 fábricas. O Sudeste concentra a maior parte delas (35,9%), seguido pela região Sul (24,55%), e depois pelo Nordeste (19,16%), Centro-Oeste (13,17%) e Norte (7,19%). O segmento gera cerca de 39 mil empregos diretos. De acordo com a entidade, colchões de espuma e mistos representam cerca de 50% do volume dos colchões produzidos no Brasil, os colchões de mola detêm 35% da produção e os demais tipos somam 15%.