Abicol conquista importantes resultados na defesa do setor
Esforço resultou na não elevação das alíquotas de vários produtos químicos usados na produção de espumas e colchões, incluindo o Poliol Poliéter

O conselheiro Rodrigo de Melo e a diretora executiva Adriana Pierini, em reunião com outras entidades e com o vice-presidente Geraldo Alckmin em Brasília.
Em março de 2024, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) abriu prazo para manifestações sobre o pedido de aumento das alíquotas de importação de 76 produtos químicos, solicitado pela indústria química. A proposta visava conter as importações por meio da Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec), prevendo um aumento que poderia elevar as alíquotas de 12,6% para até 20% ou mais. A Letec permite a modificação temporária das alíquotas de importação por um período de até dois anos, com o objetivo de proteger o mercado interno de produtos provenientes de fora do Mercosul.
Em resposta, a Abicol emitiu uma Nota contra a medida, alertando que o aumento das tarifas prejudicaria a competitividade da indústria de colchões, resultando no aumento dos custos de produção e provocando uma cadeia de elevação de preços ao consumidor final. Desde então, a associação permaneceu atenta e mobilizada para defender os interesses do setor.
A Abicol uniu forças com outras entidades setoriais igualmente impactadas pela medida, compondo um esforço conjunto para proteger os interesses comuns. Juntamente com 15 outras organizações, a associação assinou o “Manifesto Contra o Tarifaço de Insumos Químicos”, publicado no jornal Valor Econômico.
O manifesto expressou a preocupação e a oposição às elevações tarifárias sobre insumos químicos essenciais para a produção industrial. Durante o I Encontro Internacional da Indústria de Colchões, organizado pela Abicol em junho, a entidade entregou o manifesto pessoalmente ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que esteve presente no evento.
As ações da Abicol, tanto de forma independente quanto em parceria com outras entidades, ocorreram ao longo de 2024 durante o processo de análise conduzido pelos agentes governamentais.
Em 17 de julho, representantes da Abicol, juntamente com outras entidades industriais, participaram de uma reunião em Brasília com o vice-presidente Geraldo Alckmin para debater os impactos das elevações tarifárias na cadeia produtiva. Posteriormente, em 29 de agosto, a Abicol participou de uma reunião em São Paulo com entidades setoriais para alinhar estratégias contra o aumento das tarifas de insumos químicos.
No dia 17 de setembro, representantes da Abicol participaram de uma audiência com a Casa Civil para discutir as possíveis elevações tarifárias e os prejuízos à competitividade e à economia nacional.
O esforço da associação, em colaboração com outras organizações, resultou na não aprovação da maioria dos aumentos de alíquotas sobre os insumos diretamente relacionados à indústria de colchões, incluindo o poliol, insumo essencial para a produção de espumas.
O Conselho da Abicol permanece comprometido em utilizar todas as oportunidades para apresentar informações aos poderes públicos sobre a realidade da indústria colchoeira no Brasil. A entidade se posiciona de forma fundamentada e convicta, destacando a relevância do setor para a geração de emprego e renda no país.